A minha formação como químico -sim, fiz curso técnico em química, me formei e fiz mestrado em engenharia química – sempre fez com que eu tivesse muito contato com fórmulas, apesar de lembrar muito poucas hoje em dia… Mas no tempo da química utilizava fórmulas para identificar um produto químico, uma reação; em matemática usava fórmulas para definir a resolução de um problema; em engenharia usava fórmulas para determinar um processo, enfim, as fórmulas sempre estiveram presentes em diversas áreas da minha formação e conhecimento.

Segundo o dicionário Michaelis, fórmula é “receita para preparar alguma coisa; expressão que serve para resolver todos os problemas semelhantes”, e este conceito não está necessariamente ligado às ciências exatas. Mas seria possível aplicar fórmulas para questões da área das ciências humanas?

Recentemente, fui questionado por um mestre se “Existe fórmula para a felicidade?”. Após alguns segundos de reflexão, minha tendência era responder que não, exatamente porque cada um tem o seu próprio conceito de felicidade. Mas ao me mostrar a sua fórmula entendi o questionamento e verifiquei que sim, existe fórmula para felicidade, que diferentemente das ciências exatas, são pessoais e intransferíveis, e que cada um deve construir a sua fórmula!

Aí, pus-me em ação e construí a MINHA fórmula da felicidade, que tenho o prazer de compartilhar com você. Ei-la:

A, de aprender sempre.
P, de prazer no que se faz.
R, de reconhecimento do que se fez.
O, de otimismo em tudo.
V, de vida saudável, em corpo, mente e espírito.
E, de ensinar e compartilhar o conhecimento.
I, de influenciar pessoas a melhorarem.
T, de trabalho gratificante.
A, de amor, de dar e receber.
R, de retribuir e agradecer.

E, além de apresentar o significado de cada variável da equação, vale fazer um comentário: que a minha fórmula é um produtório e não apenas um somatório! Ou seja, cada termos é multiplicado pelo outro para obter o “escore” de felicidade. Para os menos familiarizados com a matemática, explico…

Se num somatório, um dos termos for zero, este termo apenas implicará em um valor total um pouco menor; mas num produtório, se um termo for zero, o resultado da multiplicação será zero também (propriedade absorvente da multiplicação). Portanto, para ter alguma felicidade, nenhum dos termos pode ser zero. Também é fato que na multiplicação, valores menores puxam o produto para baixo.

Daí conclui-se que, para ser feliz, é necessário que estas variáveis estejam em alto nível. Assim eu busco fazer, todos os dias, todos os dias, aproveitando cada dia.

E você? Que tal escrever a SUA fórmula da felicidade?

Carpe diem…