Um dos pilares da maestria, em qualquer foco de atividade, são nossos comportamentos e atitudes. E hoje, quero destacar uma das atitudes que entendo como fundamental, em especial nos tempos que estamos passando: a POSITIVIDADE!

Pensar positivamente é uma atitude que faz grande diferença! Entretanto, não estou aqui dizendo pra você colocar óculos cor-de-rosa e achar que tudo está perfeito, nem assumir uma atitude de Poliana e fazer o jogo do contente! Mas quero que você entenda, que se o copo está na metade, é uma escolha sua enxerga-lo meio cheio ou meio vazio. E vou explicar as vantagens de vê-lo meio cheio!

Há muito tempo, os autores de autoajuda vêm dizendo para você que o pensamento positivo resolverá os seus problemas. Que é só mentalizar e que as coisas que você imaginou vão acontecer. Beleza, é um bom começo, mas só isso não basta. Quero levar você à origem destes possíveis resultados!

Para isso vamos utilizar a técnica POC, lembra? Vamos entender primeiro o “porquê”! (Ah, se você não conhece a técnica, leia o artigo “Comece pelo porquê” em http://alvaroflores.com.br/artigo/comece-pelo-porque)

Para entender o que acontece quando pensamos positivamente, vamos fazer uma rápida viagem ao nosso cérebro! Sim, vamos aplicar um pouco de neurociência…

O cérebro humano está programado para conduzir duas funções primárias: sobreviver e reproduzir. Mas não vamos entender estes dois aspectos no sentido restrito da palavra: fugir dos predadores e fazer sexo adoidado… isso era lá no tempo das cavernas!

No “modo sobrevivência”, o cérebro assume uma postura de procurar os perigos, o potencial negativo, para garantir a sobrevivência física e emocional. Neste modo, ativam-se principalmente as estruturas mais primitivas como o cerebelo, responsável pelo reflexo de luta e fuga, e áreas como a amídala, que faz a avaliação de situações de perigo. Quando ativadas, estas áreas disparam diversos eventos neuroquímicos, incluindo a liberação do hormônio do estresse – o cortisol.

O cortisol faz com que nosso corpo se prepare para lutar ou fugir e faz concentrarmo-nos em poucas coisas, o que podemos chamar de “efeito túnel”. Ou seja, só se vê um ponto, desfocando tudo que está à sua volta; ele nos foca no problema, diminuindo a criatividade e dificultando encontrar soluções. Além disso, o cortisol é oxidante, retarda processo de regeneração do nosso corpo e baixa a nossa imunidade (podendo até aumentar a nossa chance de sermos infectados por vírus e bactérias – um fator importante a ser considerado nestes tempos…).

No “modo reprodução”, ampliando o seu entendimento, vamos buscar oportunidades. Incluem-se aí diversas atividades que nos levam ao nosso aperfeiçoamento e desenvolvimento, e que nos fazem crescer, descobrir, explorar, criar e atingir o nosso máximo de potencial. A positividade faz com que o nosso cérebro funcione neste modo! As emoções positivas banham o nosso cérebro de serotonina e dopamina. Estas substâncias químicas (neurotransmissores) têm efeitos múltiplos, mas fundamentalmente elas nos fazem sentir bem!

Além disso, e o que é mais importante, energizam os centros de aprendizagem do nosso cérebro, o que nos ajuda a organizar, armazenar e resgatar informações. Facilitam a realização e a manutenção de conexões sinápticas, que por sua vez, nos ajudam a pensar mais rapidamente e estar mais apto a encontrar soluções mais complexas e amplas de problemas, gerando mais possibilidades criativas e inovadoras.

De quebra, a positividade ainda produz um antídoto para o cortisol, que é a oxitocina: o neurohormônio do bem-estar. Ele é gerado quando fazemos coisas agradáveis como dançar, abraçar, receber presentes e fazer carinhos. Vale também pensar nestas coisas e eu outras situações positivas. Como consequência, a oxitocina gera bons sentimentos como confiança, respeito, segurança, afetividade e empatia. Assim, nos traz bem-estar físico e emocional.

Ou seja, a positividade proporciona grandes benefícios biológicos e um resultado muito favorável do ponto de vista pessoal, profissional e empresarial. Focar no negativo nos afunda no problema. Focar no positivo nos ajuda a encontrar as alternativas para sair do problema!

Podemos fazer um resumo do que foi visto no quadro a seguir.

Então já fica a dica: foque no positivo! Isso trará resultado! Não é autoajuda, é neurociência!

Prof. Álvaro Flores